quarta-feira, 27 de abril de 2016

Minha Iniciação no Candomblé

Orí eni ní um 'ni j'oba.
(a cabeça de uma pessoa faz dela um rei)
Provérbio Yorubá.
- Ensaio sobre um despertar

De antemão devo advertir meus leitores sobre a inexistência de alguma exibição à cerca dos sigilos iniciáticos do Candomblé, jamais, como estudante das artes ocultas e moderado conhecedor de alguns sistemas que utilizam-se da delimitação em níveis, entraria no mérito de profanar os mistérios que aguardam aqueles que desejam aprofundar-se na arte. Venho através deste texto não revelar algum grande segredo ou muito menos tratar especificamente de assuntos objetivos e teóricos prescindíveis. Não seria pertinente, tendo em vista o título, esboçar sobre motes muitos diferentes do que este enceta. 


Minha intenção aqui é, nada mais e nada menos, denotar a experiência que vivi perante a iniciação à qual fui submetido dentro dos caminhos candomblecistas de uma forma singela, transparente e verdadeira, tentando apresentar unicamente uma paisagem particular e também esboçar um pouco sobre os processos que expectam aquele que ambiciona entrar na religião, ou têm algum interesse simpático. Como bem sabemos a vivência de certo fenômeno em nossas vidas só pode ser habilmente descrita através de nosso próprio discurso, pois a subjetividade, presente em todos os seres pensantes, influi constantemente em nossas impressões e paradigmas, como um fogo que assimila-se à outros mas detém um movimento singular. E é desta forma que desejo que ocorra o entendimento das palavras a seguir, como uma manifestação exclusiva de minhas interpretações despretensiosas e modestas.

Tentei de muitas formas achar um livro, um texto qualquer, que esboçasse aproximadamente as ideias que eu gostaria de transmitir, mas com o passar do tempo percebi que não caberia algo aqui que fosse muito além do meu testemunho individual, portanto utilizarei algumas mínimas citações, todavia sem desvincular-me de minha significação, pois tratando-se de uma vivência particular, esta iniciação, bem como as liturgias, exercícios e práticas operadas, revela-se de forma única para diferentes pessoas e, talvez possamos dizer, para distintos graus de lucidez.

Não contarei sobre minha trajetória dentro desta casa, talvez esta história seja melhor narrada em momentos mais oportunos, neste instante prefiro que o texto não tome muito tempo e que transcorra de maneira tão inteligível quanto possível.  Antes de qualquer coisa preconizo dilucidar que a iniciação traz uma incumbência colossal (tanto no que tange aos deveres comunitários, quanto em um âmbito espiritual), deste modo não pode ocorrer de um jeito banal, ou seja, é crucial que se frequente a casa  ao longo de uma temporada, para conhecer seus costumes, para inteirar-se de como são as pessoas que a coabitam, e para que seja feita uma análise à cerca da seriedade desta. Depois deste período de investigação é feita uma preparação para a iniciação propriamente dita, este é chamado Bori (oferenda à Ori - cabeça). 

            Posto isto, voltemos ao centro deste escrito. Os preparativos para a minha “feitura” (significante utilizado para iniciação) começaram cerca de três meses antes da data estabelecida para a realização do ritual. Os materiais mais complicados de adquirir foram os que eram vendidos apenas em outros estados, mas depois do trabalho árduo e da ajuda de muitos para juntar tudo o que fazia-se necessário, era hora de preparar-me para ser recolhido.

Fiquei algum tempo na casa preparando-me com inúmeros rituais e descansando meu corpo e mente para o ritual de iniciação, que necessita indubitavelmente de certa estabilidade psicológica e física, pois ficamos recolhidos dentro do Runcó (quarto reservado única e exclusivamente para a feitura de santo/ ritual de iniciação, algo tão inacessível que muitos não sabem ao menos onde localiza-se) durante todo o período, é uma fase análoga há uma gestação, lá estamos sendo gerados novamente, dentro do Runcó é onde recebemos os ensinamentos concernentes às práticas e responsabilidades que herdaremos por hierarquia, é o útero de Iemanjá, através do qual poderemos formar-nos novos seres, tornando-nos Yawòs (termo relativo à iniciados). A lâmina nove do tarô, O Eremita, sendo retratada como a carta da iniciação por muitos autores e como comparativo à letra  hebraica Teth, que simboliza também a gravidez, nos concebe uma visão bastante factível à cerca deste momento, que provoca continuamente um confronto entre nossos desejos e nossas vontades.

B'a o sé etu, á bó lè l'eémí.
(Se não fizermos como a galinha d'angola, não poderemos ter a vida)
Provérbio Yorubá.
               - Simplesmente Axé

Feitos todos os fundamentos essenciais, foi hora de entrar no aposento. Lá são germinadas energias internas que insinuam-se para uma libertação eminente (muitas vezes é a visualização desta energia que prediz a necessidade da iniciação - o que chama-se de "bolar"), dentro daquele ambiente sagrado e imaculado são empreendidas muitas práticas e orientações, que serão utilizadas em toda nossa vida. As obrigações, os conselhos sutis, a linguagem ambiental hieroglífica, tudo desperta a dúvida, até o cheiro e o gosto suscitam um desejo de querer saber mais.
               Um saber que não está aqui ou ali, que não estagna-se em algum livro, que não perpetua-se por intermédio de sistemas padronizados, mas que está nas paredes, nas imagens, nos símbolos e principalmente na inter-relação entre os adeptos. "De bocas perfumadas à ouvidos limpos", como dizem os antigos, é que devem ser passados os conhecimentos dentro desta religião tão ancestral, que mantém o conhecimento de seus conteúdos como uma forma viva, perpassando eras e conquistando cada vez mais a curiosidade de uns e o amor de outros.


E dentre as principais atividades, ensinamentos e mistérios, o mais crucial, substancial e importante é o despertar da energia do Orixá que existe dentro de nós, acredito que este seja o principal intento da iniciação no Candomblé. Em todos os sistemas iniciáticos notamos claramente que o processo de iniciação detém alguns aspectos similares, um destes é a conformidade de opiniões à respeito do avivamento da energia divina dentro do neófito, que ocorre no ritual citado, porém, dentro do Candomblé, esta iniciação é conquistada através do intento continuado, da dedicação e da prova constante de que há um real interesse em adentrar mais à fundo nos mistérios, não é apenas decorando teorias, e articulando magistralmente um conhecimento que ganha-se o direito de sujeitar-se à tal cerimônia, é preciso mostrar mais.

          Não planejo construir uma crítica à outros tipos de vias iniciáticas, mas desejo mostrar a diferença do candomblé para outros métodos, pois é necessário uma dedicação mais "prática" devido à fundamentação  do que sempre foi esta religião, ou seja, uma forma de viver. Não era algo que estava além do habitual, mas que inseria-se naturalmente dentro dos meios sociais. Lidar com oferendas específicas, preparar certas comidas, varrer o terreiro (entre outros afazeres), agir de maneira respeitosa com os mais velhos, nada disso era visto com olhos estranhos, tradicionalmente falando. Era uma rotina familiar que possuía uma visão divinizada da natureza e isto nada tinha de misterioso. Foi nesta raiz que construiu-se o alicerce do que hoje conhecemos como esta exímia crença.

A iniciação é uma morte, uma desconstrução, é o fenecimento de um eu, mas também um renascimento, uma transformação, dentro do Candomblé é a volta à uma essência natural que escondeu-se ou que precisa ser excitada para poder aparecer e é este ritual que delimita muitas divisas, pois trata-se de uma religião hierárquica e tradicional. Geralmente a disposição nivelar dá-se desta forma:
Babalorixá (Pai de Santo) / Yialorixá (Mãe de Santo);
Ebomis (iniciado há mais de sete anos), Ogãs e Yiarobás (podem possuir cargos na casa);
Yawòs (termo direcionado ao iniciado até que conclua a iniciação de 7 anos);
Abians (pessoa que tem um bori – ritual precedente à feitura);
Irmãos que ajudam na casa, mas não têm laço espiritual/iniciático;

          Passado o processo de iniciação, ocorre a “saída do yawò”, que é uma celebração focalizada na apresentação do novo iniciado à sociedade, bem como de seu Orixá, no meu caso, Obaluaiyê (pretendo, no futuro, escrever sobre esta encantadora e motriz força da natureza). Eu mostraria uma imagem aqui, porém, a matriz da qual minha casa, o Ilê Axé Afinkà, faz parte não permite a tiragem de fotos dos Orixás ou dos yawòs pintados por motivos óbvios (deixo a reflexão).
          É interessante compararmos esta cerimônia com o batismo da igreja católica ou com outros ritos que visam justamente a difusão da imagem do novo membro daquele grupo aos integrantes gerais. Ao lado uma imagem que satisfaz com êxito a curiosidade.


Pensamos que o processo acaba depois do supracitado procedimento interno, porém no Candomblé não ocorre desta forma. Cem dias após a feitura ainda são necessários para que a energia do Orixá fortifique-se e internalize-se dentro de nós, assim como para resguardarmo-nos de nosso recente nascimento. Voltar o olhar para baixo, usar roupas apenas de cor branca, não comer incomensuráveis tipos de alimentos, abrir mão de dormir em cama, comer usando apenas as mãos, usar acessórios obrigatórios (dentre eles os inkãs, o xaorô, entre muitos outros), cobrir a cabeça sempre, não poder estar na rua em determinados horários, resguardar-se de sexo e tentar ao máximo seguir um caminho de pureza e virtudes são alguns dos preceitos prescritos à este ciclo, que, convenhamos, requer um nível altíssimo de preparação e dedicação, tendo em vista a sociedade na qual vivemos e as consequências do processo de apropriação e internalização cultural que ocorre conosco. Essencial citar que este preceito decorre de variados mitos e, como sabem os estudiosos da mitologia, estes sempre encobrem diversas lições que são essenciais ao iniciado.

Nos tempos mais antigos este período, onde a influência das “quizilas” (termo que significa “aquilo que faz mal” ou “aquilo que é tabu”, etc.) predomina e os preceitos tem de ser seguidos, era passado dentro do terreiro, ou seja, não havia contato algum com o meio externo. Porém, com a globalização e a gama enorme de deveres que uma pessoa passou a amanhar (cuidar da casa, trabalhar, estudar, exercitar-se, cuidar da saúde, filhos, etc.), tornou-se inevitável o confronto com a sociedade. Risos, falácias, olhares tortos, tudo isto ocorre com quem submete-se à um ritual que exige tantas renúncias. Quantas vezes fizeram o sinal da cruz ao me ver e eu simplesmente sorri? Mas ao contrário do que se pode pensar, não é tão fácil desatentar ou negligenciar um ataque de preconceito (por mais insignificante que possa parecer), mesmo com toda uma preparação antecipada e com a adoção de um discurso de "não me importo" é complicado ausentar-se daquele momento em que encaram-no como um não-alguém. Articular estes pensamentos é uma tarefa bastante árdua e é necessário que pense-se nesta possibilidade, uma vez que haverá uma sociedade à ser confrontada.

Por isso é fundamental que haja uma conscientização anterior, uma organização mental para que não ocorra algum acidente neste decurso. Obviamente que, como tudo mudou, é necessário que ocorra um entendimento do Babalorixá ou Yialorixá caso o filho de santo necessite fazer algo que interfira em seu preceito, a rigidez do Candomblé mantém-se, porém agora com um fio de flexibilidade exigido devido aos tempos hodiernos (certos trabalhos só aceitam o funcionário de farda, alguns exigem silêncio – a retirada do xaorô, etc.). 

Penso que o mais importante seja a manutenção das atitudes virtuosas e das abstinências. Existem algumas determinações que alongam-se no período de um ano (como o banho de mar, por exemplo, que só torna-se permitido após a iniciação concernente ao tempo de um ano - no candomblé existem os marcos da iniciação, sendo o de 1 ano, 3 anos e 7 anos os principais), mas isto dependerá de muitas variáveis (Orixá, Ilê, matriz, etc.). Deixo claro que, como dito na introdução, não pretendo generalizar nada, peço que entendam isto como uma vivência própria, todo o conhecimento sobre o candomblé que estou passando diz respeito ao que aprendi oralmente, em minha casa e ao que interpretei intimamente. Devem ter percebido também que não aprofundei-me em certos termos, mas espero que entendam que este também não é o principal intuito aqui. 



Umbotê kelembeketá nzambi atandú mukuônso.
(a beleza é a sombra de Deus sobre o universo)
Provérbio Yorubá.
              - O Rumbê Primordial

          Quis deixar este texto para vocês agora  pelo motivo de que acabei meu preceito há pouco (na verdade ainda faltam 7 dias) e estava esperando a análise do meu babalorixá, então posso passar uma fina impressão, que não está nos livros, que não está em nenhum manual ou site da internet, mas que foi vivida por mim (admitamos que este tipo de conhecimento - provindo da experiência - é raro, hoje em dia, no que tange às práticas mágicas). O preconceito, a desinformação, os olhares, as perguntas curiosas, as pretensões, tudo isto mostra o quanto não sabemos sobre e o tamanho da discriminação ocorrida àqueles que mostram-se diferentes.  "Pobre de branco é macumbeiro, rico de branco é médico". Meu preceito acaba e traz muitos aprendizados que levarei para a vida toda. 

A humildade de frequentar a faculdade durante todo o período com a apenas duas bermudas e duas camisas específicas, o reconhecimento daqueles que realmente são meus amigos e que não afastaram-se, o autoconhecimento ocasionada pelo ascetismo obrigatório e pela solidão causada por uma abstinência generalizada, o reconhecimento da futilidade existente em uma vaidade desnecessária (não fiz barba ou cortei cabelo durante os três meses, dentre outras coisas), o respeito, o calar, quem sabe tudo isto dê significado ao que o teórico Carl Jung chamou de "enfrentar a alma", deparar-se consigo mesmo é um susto, uma surpresa impactante. São inúmeras as percepções que herdamos deste mínimo intervalo e são incontáveis as interfaces que ganham um novo olhar, um "pensar duas vezes" distinto. 

O despertar instigado pela iniciação é íntimo, é belo e é firme. Comer por ser a hora e não por estar com fome, tomar banho em horário determinado, aprender unicamente ouvindo, dar um tempo a si mesmo, conhecer nossa natureza, a beleza deste transcurso está na experimentação, está no mergulho nas águas internas. Aqueles supostos-saber que desmerecem um estudante de ocultismo por este pertencer ao candomblé com certeza desconhecem, ou conhecem com uma vil superficialidade, os meandros do estudo da magia e os limítrofes dos caminhos que impelem-nos à Grande Obra, não vou desenvolver este tema, tendo em vista a inadequação neste atual espaço.


Entrar nesta nova fase de recomeço, de transformação, de reestruturação de uma realidade que foi pausada, é uma experiência que para mim revela-se bastante colígena (como a Deusa, uma névoa primordial) e turvada. Não é como a surpresa de sair do Runcó, pois já têm-se em mente as obrigatoriedades, é diferente, é uma sensação de entusiasmo e ao mesmo tempo de receio, uma ambivalência, como quando temos que sair de uma zona que já tornou-se confortável, mas que precisa fenecer. O desejo mistura-se com a vontade de permanecer na total abstinência, acredito que seja o embate destas forças que causa esse mal-estar, mas que também gera instiga. Entretanto creio firmemente que trata-se apenas de mais uma fase e, como sempre acontece, quando estamos passando por esta, parece uma eternidade, mas, no fim, sempre "passou tão rápido".

Espero vigorosamente que eu tenha conseguido, através das palavras aludidas passadamente, elucidar, ao menos parcialmente, o que encontra-se no universo daqueles que, como eu, passaram por esta iniciação, que pode retrata-se apenas como um estágio para alguns, mas que para outros remete à significações intrínsecas e singulares. Não suponho uma identificação massiva dos adeptos com meu texto, não seria tão presunçoso, mas acredito que o horizonte que aqui desvelou-se denota exequivelmente a realidade deste rito. Caso reste ou ocorra alguma dúvida, é só comentar, pois mesmo ainda não detendo grande instrução, conheço muitos que possuem. 
Igor Pietro -  Fomo de Obaluaiyê, 18/04/2016.

P.S. Não poderia deixar de agradecer aos leitores do A Lua de Caím pelas mais de cem mil visualizações das páginas do blog. É recompensador e motriz ver que existe o real interesse pelo conhecimento. Como podemos notar desde o primeiro texto, já crescemos muito. Cresçamos ainda mais! Muito obrigado!

4 comentários:

  1. Igor,
    Longe do preconceito, mas se puder me explica se existe ou não sacrificios de animais na tua casa e como isso é realizado ?

    Te pergunto pois uma grande amiga foi iniciada em uma casa de Candomblé na Bahia e lá me disse viementemente que não existe isso de Sacríficios na casa dela.

    Quero entender mais essa religião e como eu te disse, sem pré-conceitos, ok ?

    -- Leandro.

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    1. Sua questão está longe de ser preconceituosa, na verdade é uma dúvida bastante comum.

      Minha casa de Candomblé têm como matriz final a casa conhecida nacionalmente como "Terreiro do Gantois".

      E sim, são realizados sacrifícios animais, infelizmente não há como explicar como é feito ou os motivos específicos, mas posso dizer que o sangue (dentre outros aspectos que permeiam o sacrifício) é tão sagrado dentro desta crença como o é na maioria das filosofias esotéricas.

      Outra coisa interessante também é que, tirando as certas partes que servem como oferenda, o restante fica de alimento e é utilizado como fonte de subsistência.

      Como o Candomblé existe como uma tradição que propõe -se familiar, muitas das liturgias têm esse teor prático, que integra o sagrado ao cotidiano.

      Não tenho como avaliar a indagação de sua amiga, pois existem N nações dentro do Candomblé, N formas de cultuar o Orixá, N características pertinentes aos sacerdotes, ou seja, não é por minha casa fazer sacrifícios que a casa na qual sua amiga esteve é mais errada ou mais certa. Tenho visto diversas casa tradicionais que realizam este milenar ritual, mesmo assim não posso julgar, como explanei no texto, existe certa flexibilidade hoje no que tange aos preceitos fundamentais da religião (por exemplo, algumas casas não mais jogam oferendas no mar à Yemanjá devido à poluição), e este dinamismo dependerá de casa para casa.

      O que importa, essencialmente, é sentir-se bem onde se está.

      Espero ter respondido satisfatoriamente à sua pergunta.
      Paz e luz.

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    2. Primeiramente, Igor Pietro meus respeitos. Que meu pai Omolú lhe dê vida com saúde ! Belíssimo (e beirando o campo científico) seu relato. Quanto ao sacrifício de animais, se não há sacrifício não é candomblé. E quanto a uma provável crítica a sacrifício de animais, apenas lembramos que em um churrasco de domingo, alguns animais são mortos. No caso do candomblé, a carne alimenta toda uma comunidade e o animal sacrificado é tratado com toda a reverência e respeito.

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    3. Obrigado pela partilha, Emmanuel. Motumbase motumba! Realmente são reflexões essenciais essas que vc trouxe!
      Paz e luz!

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