sexta-feira, 15 de maio de 2015

Exercício de Intuição para melhorar a Conexão com seu Oráculo

Intuição: s.f. Capacidade para entender, para identificar ou para pressupor coisas que não dependem de um conhecimento empírico, de conceitos racionais ou de uma avaliação mais específica. (Etm. do latim. intuitio.onis)

"Não existe nenhum caminho lógico para a descoberta das leis do Universo - o único caminho é a intuição" - frase atribuída a Albert Einstein (1879-1955).

A ideia de escrever o texto surgiu simplesmente devido à vontade de escrever sobre o tema; um insight que somou-se à memória da leitura de um livro no qual consta técnica parecida com a que citarei adiante. O procedimento talvez seja um pouco complicado, e exija uma dedicação aplicada para que os resultados sejam alcançados, mas, se o leitor estiver acostumado com a prática de exercícios mágickos, com certeza não importar-se-á com o tempo, mas sim com o fruto que será obtido.

O título do texto fala de conexão com seu oráculo e, mesmo que este transcorra falando sobre tarô, nas considerações finais o leitor entenderá a prática e o título. Como habitual, espero que o texto fixe-se em suas mentes e que muitos possam beneficiar-se de tal gnose. Vamos lá.


A intuição seria, portanto, a capacidade de obter respostas sem que o processo de raciocínio tenha sido usado, é a habilidade que temos de “raciocinar subjetivamente”, as vezes até prever um fato. Muitas são as teorias em relação à este tema, porém, muito poucos são os esclarecimentos e comprovações científicas. 

É interessante citar a teoria que afirma ser a intuição uma manifestação do inconsciente, assim fica fácil para nós saber o porquê de a ciência ainda não ter como criar uma tese totalmente científica para a intuição, tendo em vista sua contínua descaracterização da ideia de inconsciente.

Há estudos que levam-na mais para o lado fisiológico, dando explicações relacionadas ao sistema nervoso central e às conexões neuronais, mas tudo ainda é muito misterioso, o que
importa para nós aqui é explanar sobre o tema já tão disseminado relacionando-o com uma prática que visa a relação mais aproximada do praticante com seu deck de tarô, pois, como sabemos, o tarotista se usa não só de seu hemisfério cerebral esquerdo (raciocínio lógico), ou seja, não se utiliza apenas do seu conhecimento sobre os significados das cartas, mas também deve se utilizar do seu hemisfério cerebral direito (subjetividade, criatividade), usando de intuição, percepção e tudo que concerne à este âmbito. Desta forma, um tarotista real alia seu conhecimento lógico com sua experiência espiritual, ou subjetiva.

O exercício que será passado deverá ser realizado em qualquer dia, hora, etc., e aconselha-se que só seja interrompido quando o resultado esperado (que será detalhado no exercício) for conquistado. É um exercício simples, que não toma mais do que dez ou quinze minutos do seu tempo e necessita apenas do deck e do praticante. Outros aspectos que serão mencionados podem ser dispensados caso o leitor não tenha possibilidade de realiza-los ou se o mesmo não desejar fazê-lo.

Este exercício trabalhará não só a intuição e a intimidade do praticante com seu baralho, mas desenvolverá também questões como concentração focal (interna e externa), habilidade de captação energética (podendo ser fisiológica ou cognitiva), reforçará o simbolismo dos arcanos em sua mente (trazendo uma melhora na leitura), treinará sua respiração, entre outros benefícios que serão notados durante o desenvolvimento da atividade.

Primeiramente é significativo que o estudante procure um local calmo, silencioso, onde não seja perturbado ou interrompido (caso more com outras pessoas, é aconselhável avisa-las para que não descontinuem a sua prática, desligue também qualquer aparelho que possa interferir).
Depois de decidido o local, divida seu tarô em arcanos menores e arcanos maiores e direcione-se para o lugar escolhido.

Prepare o lugar para que tenha um ar mágico, acenda velas e incensos, espalhe cristais e essências pelo ambiente e vista-se apenas com o essencial, cuidando para que sejam roupas leves que não causem nenhum tipo de desconforto.

Sente-se (ou deite-se) num lugar onde sua coluna possa ficar ereta (confortavelmente, pois não é interessante aqui que o praticante fique a todo tempo pensando na dor que reside em sua coluna, por isso é também sugerido a prática numa posição horizontal), feche seus olhos, e, relaxando todos os seus músculos o quanto puder, atente-se à sua respiração. Inspire profundamente (alargando ao máximo a região abdominal) contando até 8 e, chegando ao número, retenha sua respiração por 4 segundos, depois solte lentamente o ar pressionando levemente seu abdômen (com sua própria musculatura abdominal; suas mãos devem permanecer relaxadas) para que, na expiração que durará 8 segundos, ele possa findar totalmente retraído. Depois de expirar pelos 8 segundos, segure a respiração por mais 4 segundos e inspire lentamente por mais 8 segundos e assim sucessivamente.

Repita este exercício respiratório por no mínimo 4 vezes, ou até você notar que sua respiração está controlada e serena (este exercício é importante pois além de desenvolver nossa concentração e respiração, nos coloca em um estado de paz).

Terminado o exercício (pranayama), embaralhe seu deck e disponha as cartas dos arcanos maiores como faz habitualmente em uma leitura. Após fazê-lo, olhe para as cartas, vá passando a mão acima das mesmas, ou simplesmente escolha uma das cartas e, antes de virá-la, diga em voz alta de que carta se trata. Basicamente o exercício consiste nisso.

Antes de pegar a carta, analise quais imagens passam em sua mente, quais simbolismos ou memórias aparecem, note quais sons ocorrem no ambiente ou quem sabe notar para aquele pensamento que não sai de sua cabeça naquela hora. Depois de fazer esta análise, diga o nome da carta e vire-a para saber se o nome que você falou coincide com a que tirou. A medida que vai realizando o exercício note também as mudanças internas (fisiológicas, sensitivas) que ocorrem de acordo com o processo de escolha da carta.

Este exercício poderá ser realizado por quanto tempo o sujeito desejar, quando fizer uma tentativa, é necessário que depois da comprovação do erro ou acerto, o baralho com os arcanos maiores seja recolhido, traçado e as cartas dispostas novamente.

A medida que o tempo passar, você associará mais rapidamente tal estímulo interno ou externo à escolha de tal carta, este é um método. Mas o que acontece é que cada pessoa desenvolve uma técnica de acordo com o desenvolvimento na prática.

O aluno terá alcançado o resultado do exercício quando ele acertar no mínimo uma de cada 2 cartas escolhidas. Após o domínio da técnica com os arcanos maiores é interessante que a técnica passe a ser realizada com os arcanos menores (o resultado nesse caso seria acertar uma de 3).

Observações: Na minha opinião este exercício pode ser realizado com qualquer oráculo (runas, cristais, ogham, etc.), o fundamento será o mesmo. É relevante também esclarecer que qualquer sugestão temática para o ambiente em que se realizará a prática serve unicamente para que o cérebro racional entenda que se trata de uma prática mágicka (explicações em relação à isto já foram dadas em outros textos aqui), o importante é o indivíduo e o tarô (ou outro oráculo preferível). Outro ponto a se esclarecer é que não adentrei muito no tema intuição por quê o assunto já foi tratado aqui e também por quê penso em escrever um texto a respeito futuramente. 
Igor Pietro.
Natal, 02/05/2015.

REFERÊNCIAS
Dicionário online de português. Significado de intuição. Disponível em: < http://www.dicio.com.br/intuicao/>. Acesso em 02/05/2015.
Wikipédia, a enciclopédia livre. Intuição. Disponível em: < http://pt.wikipedia.org/wiki/Intui%C3%A7%C3%A3o>. Acesso em 02/05/2015.
WASSERMAN, James. Aleister Crowley e a Prática do Diário Mágico. Editora Madras, 2009.

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