domingo, 5 de outubro de 2014

O Dom de Prever

    Quem no âmbito mágico dos dias atuais não se interessa por um tipo de técnica de adivinhação? 
Pois é, difícil imaginar. 

    Em nossos dias tão corridos, com mil possibilidades e rotas possíveis, por quê não usar de magia para ganharmos uma dica de para onde ir, como ir, ou o contrário?
    
Geralmente, o interesse pela adivinhação vem desse preceito. Todos querem ganhar um pouco de controle sobre o seu destino ( destino ? ) e também obter o conhecimento sobre o destino de vidas de outrem. O texto a seguir é sobre o poder de adivinhar, de prever. No fim deste, você perceberá o tanto de tempo que você desperdiça sendo dependente do seu tarô, runas, búzios, etc. Vamos lá.


    Bom, como todos sabemos, adivinhar significa prever o futuro, é a arte de obter, através de meios sobrenaturais, respostas sobre o futuro, predizer o que se pede através de um meio atípico. 
Quando alguém fala em adivinhar, em ver o futuro, logo vem às nossas mentes a imagem de uma cartomante, ou de uma velha lendo a borra de um café, ou de um indivíduo tirando suas respostas de uma bola de cristal de quartzo. Isso é normal, pois é o que a maioria está habituado a ver, porém, quem lida com técnicas de adivinhação, seja ela qual for, deve saber de uma coisa: 

Você não depende do seu oráculo.
    
  É isso mesmo. Nós que lidamos com adivinhação (necromantes, cartomantes, runólogos, quiromantes, oniromantes, etc) não dependemos de nosso oráculo preferido para fazer adivinhações, ou pelo menos não deveríamos. 
 
    Como já colocado em textos anteriores aqui no blog, o magista é a arma mais importante dentre seus instrumentos mágicos, é através dele e por causa dele que os outros instrumentos funcionam, isso também se aplica a predição. 
Qualquer oráculo ou instrumento para previsões que utilizamos tem sim seu cunho simbólico e lógico, porém, quem possui a sensitividade para realizar a leitura é o indivíduo, é a nossa psiquê que, através do olhar no oráculo, induz que a nossa mente consciente note e sintetize em fatos, previsões, o que se está a ver. 

Claro que existem técnicas de adivinhação que se baseiam em cálculos matemáticos e relações imutáveis, estas, por exemplo, não podem se dar ao luxo de serem complementadas por intuições ou insights recebidos pela pessoa que está a predizer, mas são casos isolados. 

Há também pessoas que preferem tal tipo de técnica devido a aproximação religiosa, ou seja, quando eu escolho tal oráculo devido à minha religião. 
É o caso dos búzios para quem faz parte de cultos africanos, o caso das runas para quem tem crenças ligadas à cultura nórdica, ou até mesmo tradições familiares, como de quiromancia ( leitura de mãos ) e tasseomancia ( adivinhação pelas folhas de chá ), nesses casos, o adivinho tende a realizar consultas com estes instrumentos por quê a egrégora da religião/cultura deixa a leitura mais forte, por dogma ou por outros N motivos. 

    A predição está em nossa troca de informações com as energias universais, a leitura de qualquer tipo de instrumento divinatório faz parte apenas do adivinho em si e do seu contato consigo mesmo, logo, com o universo, é da sua mente inconsciente que saem todas as respostas, é de lá que vem aquela vontade de interpretar a leitura de uma forma nova, é de nossos arcanos mais internos que saem as respostas mais verdadeiras ( quando a leitura não envolve cálculos matemáticos ou interpretações imutáveis ), portanto, se é de dentro de nós que saem todas as respostas, nós podemos adivinhar onde quisermos. É aí que está.

  Em magia há sim regras que devem ser seguidas para que tais coisas não ocorram, mas tais limitações não se aplicam ao âmbito divinatório. Se o que nos faz enxergar além do que outros enxergam é a nossa psiquê, é o nosso Eu mais profundo, aliado também a um estado alterado de consciência através do qual é possível acessar tais dados, então o segredo é que a leitura não é feita de fora para dentro ( ver o objeto de adivinhação e interpretar ) e sim de dentro para fora ( ativando nosso self mais oculto para que ele nos mostre o que deve ser visto ali ). 

Por isso podemos fazer previsões em qualquer objeto ou no que quisermos, a luz que irradia de uma lâmpada, a sujeira da parede, o zumbido do pernilongo, o movimento que aquela árvore faz e assim por diante. 
Tudo pode servir como objeto para predição, pois a resposta está em nós, em acessarmos partes nossas. Mas para isso é necessário que o indivíduo desenvolva sua intuição e sensitividade, que se abra ao mundo e que tente aos poucos tornar-se uno com o universo, pois se o tão falado fluido astral está em TUDO, tudo pode servir como mágico.

    Por esta razão é que existem TANTOS tipos de técnicas para adivinhação, por quê com tudo podemos adivinhar, pois a resposta vem de dentro para fora. 
Abrir-se para as energias universais latentes em nosso Eu superior significa ter acesso às informações nele contidas por meio de qualquer objeto, seja uma esfera de ônix, seja a fumaça que emana de uma incenso ao ser queimado. Conseguindo obter sucesso com isso ( através de técnicas de clarividência e percepção,etc), você poderá ter acesso ao que quiser, quando quiser.
    Imagina só precisar de um recipiente com água para ver em qual direção ir quando se está perdido NO DESERTO.

"O Todo é Mente; o Universo é mental."

Até mais pessoal. E que a Grande Alva os abençoem.

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