sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Luz minha.

Esse é um dos meus poemas, não costumo, mas senti que deveria publicá-lo aqui.

É dia, e ansioso estou em meu quintal a vagar.
Pois a noite ainda não chegou.
Quero logo a Lua apreciar.
Esperar meditando eu vou.

Medito sobre tudo que ocorre  dentro e fora de mim.
Medito sobre esta horrível  ânsia maldita.
Será que é só por ser dia que estou assim?
E logo percebo  em meu interior uma outra ferida.

Entrego-me a meus lamentos mais profundos.
Mergulho em minhas mágoas mais intensas.
Sequestro-me  aos pensamentos mais moribundos.
Analisando estas emoções densas.
A meditação toma um rumo inesperado.
Estou em transe profundo e fico preso.
Percebo que sairei quando estiver curado.
É então que tenho um surpreendente lampejo.

Vejo todos os meus momentos ruins passarem.
Vejo tudo aquilo ocorrer novamente.
Sinto novamente todas aquelas facadas lançarem.
Sinto mais uma vez o caos em minha mente.

Porém, ao término daquelas cenas tenebrosas e tristes.
Aparecem os meus momentos alegres e de paz.
E de repente toda aquela mente perturbada por crises
Deixa de existir e uma nova pessoa me faz.

Percebo então que todo sofrimento que vivemos vai embora
E que devemos focar nas alegrias e momentos de prazer
E que se em um dia você não se aguenta e chora
No outro você aprende a superar e volta a viver.

II

Percebo que curado estou,
E que não vou mais chorar.
Então abro os olhos, a meditação acabou.
Olho para cima e vejo o luar.

Aquela luz me preenche de uma forma tão angelical
Que fico paralisado olhando aquela linda lua
Nunca havia sentido algo tão fenomenal
Era como o toque de uma linda mulher nua.

A luz da lua me contara coisas incontáveis,
Me fez enxergar cenas impossíveis.
Fez-me apreciar riquezas impagáveis.
Mostrou-me a vida em todos os níveis.

E essa lua que me mostra e me penetra.
É a mesma que me purifica e me benze.
Momento de luar mágico, são minhas noites prediletas.
Momento que se vive e se sente.

E essas tão lindas mulheres estão sempre a vagar...
Essa jovem tão angelical,
Esta mãe tão fenomenal,
E esta vó tão ancestral
São sempre bem-vindas em meu lar.

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