Parte I disponível AQUI
Retomemos um momento à questão dos rituais. Não resta quase dúvida quanto à antiguidade de grande parte deles. Eles podem ser encontrados no Grimoire e em Tritêmio; pesquisando as páginas de Virgílio e Hesíodo, parece-nos encontrar as origens das mesmas fórmulas. Examinando O livro dos Mortos, nos deparamos novamente com eles no antigo Egito. Nas confissões de Isabel Goudie e de outras bruxas do seu círculo, aparecem formas modificadas e mutiladas dessas mesmas fórmulas, ainda reconhecíveis; o mesmo acontece com o círculo de Kinross e com o de North Berwick, e com muitos outros.
E ainda hoje, entre os ciganos, muitas das
antigas fórmulas são usadas, se tivermos a sorte de os encontrar com disposição
para falar sobre o assunto, o que é muito raro. Charles Godfrey Leland conseguiu
algumas e as preservou. Mas o próprio fato de estarem tão modificadas indica um
ponto notável, isto é, que a precisão da cerimônia não é essencial, nem
tampouco a compreensão dela. Há certas coisas que eles fazem.
Tomam imagens de
cera, fazem nós com um fio preto, molham um trapo e batem nele, ou deixam-no
secar; recitam também certas palavras que, em muitos casos, tornaram-se mera
algaravia sem significado (mas sempre, é bom lembrar, com certa rima e ritmo).