
Para uma melhor compreensão, é recomendável a leitura da parte I deste texto ( CLIQUE AQUI ).
Meditar no chakra apropriado pode ser de grande ajuda para que uma pessoa supere modificações mentais e flutuações emocionais. Os psicoterapeutas e os psicólogos podem fazer uso da transformação de energia tornada possível pela meditação no chakra, mas para saber qual meditação no chakra pode ajudar um paciente em particular, eles precisam conhecer as características comportamentais dos chakras.
Assim, as descrições dos chakras
que se seguem também incluem as características comportamentais associadas com
cada chakra. Estas geralmente não são encontradas em livros de Yoga, por que o
resultado final das práticas de Yoga liberta uma pessoa de toda a influência
dos chakras.
A meditação nos chakras ensinada pelo Tantra-Yoga
envolve todos os aspectos do Ashtanha-Yoga. Depois de seguir os yamas e
niyamas, assumir uma postura estável (asana) e dominar o controle da respiração
(pranayama), o aspirante se torna um iniciado no caminho do Yoga. A seguir
acontece o recolhimento dos sentidos (pratyahara) e a concentração (dharana).
Todos esses passos são necessários para atingir o poder de meditar (dhyna), que
é o verdadeiro yoga.
O primeiro passo na meditação é a purificação dos cinco
elementos (tattvas), sua fonte (os cinco tanmatras) e os indriyas (os cinco
órgãos dos sentidos e os cinco órgãos de ação). Esse processo de purificação,
conhecido como bhuta shuddhi, é efetuado por sua absorção pela Kundalini
Shakti. O despertar da Kundalini, portanto, é o interesse básico de um
aspirante.
Em bhuta shuddhi (purificação dos elementos), a terra
se dissolve na água, a água evapora no fogo, o fogo se funde no ar, e o ar se
dispersa em akasha (o vazio). Todos os princípios associados com o elemento
terra presentes no primeiro chakra são absorvidos pelo elemento água. A seguir,
o
elemento água e todos os princípios a ele associados são absorvidos pelo
elemento fogo, e assim por diante. Os elementos (tattvas ou bhutas) não são
puros como os tanmatras; eles são misturas.
O elemento terra é uma combinação
de todos os cinco bhutas: akasha, ar, fogo, água e terra. A água é uma mistura
de akasha, ar, fogo e água; o fogo é uma mistura de akasha, ar e fogo; o ar é uma
mistura de akasha e ar. Essencialmente, akasha é dotado de tudo e, não
obstante, é nada (vazio). É por isso que akasha é o mais puro e o mais leve. O
ar é mais pesado que akasha, o fogo é mais pesado que o ar, a água é mais
pesada que o fogo e aterra é a mais pesada e densa de todo.
O processo de
absorção dos elementos e seus princípios é realizado quando o pranayama,
especialmente a suspensão da respiração (kumbhaka), é feita em conjunto com a
repetição das sílabas seminais que estão presentes em cada chakra, na qualidade
de bija mantras dos elementos e as pétalas
Seja de que modo for consumado, a bhuta shuddhi é
necessário para o despertar da Kundalini. Apenas depois que todos os elementos
e seus princípios associados forem absorvidos pelo akasha, a energia da
Kundalini pode ser dirigida ao chakra ajna, onde o fator do eu é absorvido pela
superconsciência (samprajnata samaddhi). Em última instância, a Kundalini é
absorvida pelo Parama Shiva, a suprema consciência, a fonte de toda consciência
espiritual (asamprajnata samaddhi).
Depois que o fluxo da energia da Kundalini
alcançar os centros mais elevados, a atitude total do praticante mudará. Essa
mudança é referida repetidas vezes como um novo nascimento e se diz que o
aspirante é “nascido pela segunda vez”. Manter o fluxo ascendente de energia se
torna, então, o interesse básico do aspirante.
A prática constante e simultânea da visualização e
repetição das sílabas seminais (mantra japa) ajuda o aspirante a manter o fluxo
de energia nos centros mais elevados e, assim, ultrapassar a influência dos
elementos. A meditação nos chakras deve ser feita com a utilização da imagem do
chakra (que inclui o respectivo elemento e as divindades) e não de um ponto
físico particular, tal como o cóccix, a base da coluna vertebral ou a região
anal.
As áreas físicas associadas com os chakras são apenas as localizações dos
órgãos sensoriais e órgãos de ação relacionados. Os próprios chakras estão
relacionados com a fonte de energia que dá vida ao corpo celular (o prana e os
elementos). Assim, por exemplo, os desejos do primeiro chakra não são os
desejos da região anal. Nós devemos lembrar que a energia flui através dos
chakras antes de alcançar a mente sensorial, onde ela é convertida na forma de
um diálogo ou desejo. Cada respiração opera com um dos elementos e com o chakra
relacionado.
Os chakras não trabalham todos juntos; eles operam de acordo com
seu elemento relacionado. A meditação feita sem o elemento relacionado irá requerer
mais energia, porque ela não será ajudada pelo elemento; contudo, mesmo assim
essa meditação irá influenciar o padrão respiratório e acalmar a mente.
A meditação no chakra Muladhara na presença do
elemento terra desenvolve a saúde natural, a força do corpo e poder
intelectual. Ela prolonga a vida.
A meditação no chakra Svadhisthana na presença do
elemento água liberta o corpo da doença, proporciona maior vitalidade,
sensibilidade, poder intelectual e habilidade artística e torna a pessoa mais
atraente para o sexo oposto.
A meditação no chakra Manipura na presença do
elemento fogo desenvolve a imunidade natural do corpo, leva à obtenção de uma
vida longa e libera certos poderes incomuns de comando, autoridade,
organização, liderança e administração.
A meditação no chakra Anahata na presença do elemento
ar desenvolve beleza interior e magnetismo pessoal (ojas), tornando o corpo
altamente atraente (não apenas para o sexo oposto). Ela desenvolve o poder o
intelecto e leva ao desenvolvimento intelectual acima do padrão normal. Ela
possibilita a aquisição de poderes extra-sensoriais, poderes poéticos e
habilidades de escrita.
A meditação no chakra Vishuddha na presença do
elemento akasha gera firmeza e força adamantinas, o poder de absorção em
meditação profunda, a revelação de conhecimento além de palavras escritas e o
poder de explicar e esclarecer.
A meditação no chakra Ajna na presença da Sushumna
proporciona a consciência não dual e poderes de cura. Ela desenvolve a intuição
e o poder de ver o passado, presente e futuro.
A visualização requer imagens apropriadas dos
chakras. As imagens dos chakras desenhadas por artistas videntes do passado
devem ser utilizadas. Colorir os desenhos de uma maneira sistemática pode
ajudar mais a visualização, pois podemos repetir na mente a sequência na qual
as cores são pintadas.
A seguinte ordem deve ser usada para colorir os
chakras:
- As pétalas dos chakras
- O yantra do chakra
- O animal que porta a sílaba seminal (bija mantra)
- A sílaba seminal
- A Shakti do chakra
- A divindade do chakra
A mesma ordem deve ser utilizada na visualização. Ao
reconstruir mentalmente o desenho completo do chakra, podemos desenvolver a
prática da visualização abstrata que, no devido tempo, levará à meditação
profunda.
Entretanto, um instrumento desses sem os preceitos
carece de sentido. De maneira semelhante, os preceitos sem os instrumentos
adequados não oferecem um real crescimento. Os desenhos devem ser coloridos
para ativar o hemisfério direito do cérebro; o texto deve ser estudado para
enriquecer a compreensão e ativar o hemisfério esquerdo.
Isso irá criar um
equilíbrio entre o “cérebro do pensador” e o “cérebro do artista”. Isso irá
mudar o padrão das ondas cerebrais e a constituição psíquica. A repetição das
sílabas seminais e o seguimento da lei do dharma (retidão, ordem) irão ajudar o
aspirante a atingir estados elevados de consciência.
Textos extraídos do livro CHAKRAS - Centros de Energia de Transformação.
Até mais pessoal e que a Grande Alva os abençoem!
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